Revezamento Ayrton Senna: confira a opinião dos amadores

Na manhã deste domingo aconteceu em São Paulo a edição 2008 da Maratona de Revezamento Ayrton Senna Racing Day, no Autódromo de Interlagos. A vitória ficou com a equipe VO2 Stefanini entre as mulheres e com a VO2 Gatorade entre os homens, mas a grande festa ficou por conta dos amadores.

São Paulo - A competição em homenagem ao tricampeão de fórmula 1 já virou uma tradição na cidade, visto que esse ano mais de cinco mil pessoas tomaram o asfalto do Autódromo José Carlos Pace. Nem mesmo o forte calor e a existência de mais uma corrida na capital paulista simultaneamente afastaram as pessoas do evento.

Antes da largada a expectativa era muito grande principalmente para aqueles que punham os pés pela primeira vez num local onde já foram travados muitos duelos entre brasileiros e estrangeiros no automobilismo. Muitos faziam apenas um rápido alongamento e preferiam não se desgastar antes da largada, haja vista a alta temperatura do ambiente e da pista.

A buzina soou ao fundo e às 8h os primeiros corredores saíram em direção ao S do Senna num ritmo forte, com descidas rápidas logo de cara. Os corredores de primeira viagem se empolgavam ao registrar tempos rápidos nos primeiros quilômetros, mas logo em seguida eram obrigados a reduzir o ritmo para suportar as subidas íngremes e inclinadas e a falta de sombra no traçado.

A corredora assídua Ângela Aquino afirma que nunca havia enfrentado este percurso e se surpreendeu com o nível de dificuldade. “As subidas são bem complicadas, mas foi muito legal, uma grande festa. Eu faria 10 quilômetros tranqüilamente”. Representante da Academia Equilíbrio, ela comenta ainda que precisou diminuir o passo após as subidas finais, pois o nível da freqüência cardíaca subiu excessivamente. “Precisei até andar um pouco”.

Quem aprovou o formato do evento e a confraternização com os amigos foi Cristiane de Oliveira, que não corria desde 2005 e esse ano estreou no Revezamento Ayrton Senna. “Eu só fiz aulas na academia e não treinei corrida especificamente”, confessa a também aluna da Academia Equilíbrio. “O segredo é não parar, na subida tirei forças lá de dentro e trotei para terminar a prova”. Mesmo depois de sofrer um pouco, ela se empolgou novamente e já pensa em participar de outras provas.

Trânsito de pedestres - Já Bárbara Tellini, repórter da Rádio SulAmérica Trânsito, trocou os engarrafamentos das ruas de São Paulo por uma volta a pé no Autódromo e conta a experiência. “Foi muito legal o ambiente, a pista, mas tem muita subida pro meu gosto”, brinca a atleta que corre há três meses. “Encarar a Marginal do Tietê é uma moleza perto da Ayrton Senna Racing Day”, completa Bárbara que já pensa nos treinos para a próxima corrida.

Outro representante da rádio trânsito foi o editor chefe Ronald Gimenez, que ainda ofegante disse ter sido emocionante participar do evento. “Foi muito legal passar por um trajeto que não tem tradição em provas pedestres, mas tem um grande histórico em alta velocidade. Tirando a subida, que é muito absurda, foi ótimo”. Fazendo uma analogia com o piloto Timo Glock, que há duas semanas atrás não conseguiu manter o ritmo de seu carro na última curva de Interlagos e permitiu a ultrapassagem de Lewis Hamilton, Ronald parece se solidarizar com o alemão. “A pé eu não tenho dúvidas que eu deixaria qualquer um passar, pois não tem como dar sprint naquela subida”.

Com o fim da manhã e início de tarde na capital paulista, algumas nuvens carregadas começaram a se dirigir para a região do Autódromo, o que deixou o sol um pouco mais ameno para a chegada dos últimos colocados. A vantagem de cruzar a linha de chegada na lanterna é o fato de ser muito aplaudido pelo público presente que fez questão de prestar homenagens a Daniel Mourão e mais um grupo de atletas.

“Foi complicado, pois estava muito quente, mas foi super divertido, valeu a pena”, comenta Daniel. Ele vinha trotando no fim da reta dos boxes tendo apenas duas ambulâncias em seu encalço, mas ao avistar alguns atletas correndo juntos à sua frente, apertou um pouco o ritmo para alcançá-los. “Chegamos todo mundo junto para ninguém completar em último”, brinca.

Esse ano foram colocadas à disposição 5.500 vagas para as equipes de dois, quatro ou oito atletas, mas para o ano que vem os organizadores imaginam ser possível aumentar este número para pelo menos seis mil. O sucesso da competição paulista fez com que uma prova fosse organizada em Brasília este ano, que reuniu duas mil pessoas em outubro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Foi de fudeire...barra mesmo