Uma nova Itaquera para 2014
Ronaldo de olho
Além das obras públicas, diversos empreendimentos privados estão sendo programados para Itaquera. Na região da antiga pedreira, numa área de quase 11 alqueires (cerca de 266 mil metros quadrados), serão levantadas torres comerciais, com restaurantes. O Corinthians está de olho no projeto para saber se poderá usar parte do estacionamento de veículos no período da Copa do Mundo. Outra a iniciativa vem da rede hoteleira, que deve levantar pelo menos quatro hotéis no bairro.
As autoridades municipais e estaduais estão felizes com a repercussão da construção no estádio na região que tem mais de 4 milhões de habitantes. E sabem que será fundamental o Projeto de Lei de Incentivo Fiscal, que é um grande chamariz para as empresas e que ajudará na construção do Itaquerão. “O projeto do estádio é de 48 mil lugares, mas para abertura terá de ter 20 mil lugares a mais. O custo aumenta e essa diferença, cerca de R$ 270 milhões, virá também através da lei de incentivo”, revela Gilmar Tadeu.
O presidente do Corinthians, Andres Sanches, espera captar muitos recursos através da medida. “Cada um real investido na zona leste terá até 60% de desconto nos impostos. Nós vamos brigar para ter o melhor estádio do Brasil, e o mais barato”, explicou o dirigente. “Mesmo com todas as dúvidas e desconfianças, tenho certeza de que será o estádio da Copa.”
Problemas à vista
Um dos pontos mais polêmicos do projeto do Polo Institucional é a criação do Parque Linear Rio Verde, uma área arborizada que será criada em toda a extensão do rio que desemboca no rio Jacu. O grande problema é que, para a criação dele, a prefeitura terá de retirar duas mil famílias da região. Os moradores questionaram sobre qual seria o destino dessas pessoas, mas até agora as autoridades municipais não deram uma resposta.
Andres Sanches já aproveitou para avisar que isso não é culpa do estádio do Corinthians. “Essa é uma situação que me preocupa. Alguns vão chorar e muitos vão sorrir. Mas nós não temos força para modificar o entorno do estádio. Todo benefício tem um preço e lá tem muita coisa que precisa ser mudada. Só espero que as coisas não venham de cima para baixo. O que for para acontecer, tem de partir da comunidade”, disse o dirigente.
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